segunda-feira, 24 de agosto de 2009

De bermudas...

O sol estava lá em cima, mas escondido sobre uma enorme nuvem que parece não ter fim, pois ao olhar nos limites de nossa visão, o céu, era apenas cinza. A terra molhada em baixo de nossos pés, as árvores, pedras, água e incetos acima do solo, a ordem, ainda sim, era mantida.
A trilha estava vazia, não que ela seja muito transitada, mas com a chuva e o frio era como se ali no mundo só existia eu e meu primo.
Andávamos revezando a liderança, hora eu a abrir caminho, hora Caio, e a cada dez metros a inclinação parecia aumentar e as pedras cada vez mais escorrega dias fazia tanto os músculos das pernas se esforçarem como os dos braços, pois íamos nos apoiando e puxando as árvores. O ritmo frenético do começo da trilha, havia se dissipado através dos metros percorrido e então caminhávamos lentamente.
Chegamos a um clareira onde sentamos um virado para o outro em cima de pedras e lá ficamos em silêncio, acalmando a respiração. Acendi um cigarro.
-Ta ouvindo?
-Uhum !
O som da cachoeira era audível a esta distância, mesmo abafado pelo som da chuva, e a medida que andávamos o terreno foi ficando novamente plano, mas nossos pés descalços pisavam em pequenas sementes que eram espinhentas e que entravam em nossos pés.
-Uhulllllll.
-É linda mesmo !
A cachoeira era de uma queda de uns 30 metros onde se fazia um espécie de lago em baixo dela e ao seu lado uma grande pedra branca, que acompanhava a trajetória da água em queda livre, aonde as pessoas que subiam pulavam para o pequeno lago que se formava.

Boriz (Barack Obama)

Max (el touro)