quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Observador.

Sentado a frente do prédio lia o livro freneticamente e ia fumando meu cigarro, quando que pelo destino olhei a direção das escadas da entrada do prédio.
A imagem me congelou.
Observei...
Uma blusa (acho que escolhida ao acaso, no transtorno do sono ao acordar, mas, ainda sim, confortável e descontraida).
Cachecol.
Ténis All Star.
Pele branca.
Cabelo negros, preso a um coque.
Observei, observei, observei.
O livro perdera a graça !

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

De bermudas...

O sol estava lá em cima, mas escondido sobre uma enorme nuvem que parece não ter fim, pois ao olhar nos limites de nossa visão, o céu, era apenas cinza. A terra molhada em baixo de nossos pés, as árvores, pedras, água e incetos acima do solo, a ordem, ainda sim, era mantida.
A trilha estava vazia, não que ela seja muito transitada, mas com a chuva e o frio era como se ali no mundo só existia eu e meu primo.
Andávamos revezando a liderança, hora eu a abrir caminho, hora Caio, e a cada dez metros a inclinação parecia aumentar e as pedras cada vez mais escorrega dias fazia tanto os músculos das pernas se esforçarem como os dos braços, pois íamos nos apoiando e puxando as árvores. O ritmo frenético do começo da trilha, havia se dissipado através dos metros percorrido e então caminhávamos lentamente.
Chegamos a um clareira onde sentamos um virado para o outro em cima de pedras e lá ficamos em silêncio, acalmando a respiração. Acendi um cigarro.
-Ta ouvindo?
-Uhum !
O som da cachoeira era audível a esta distância, mesmo abafado pelo som da chuva, e a medida que andávamos o terreno foi ficando novamente plano, mas nossos pés descalços pisavam em pequenas sementes que eram espinhentas e que entravam em nossos pés.
-Uhulllllll.
-É linda mesmo !
A cachoeira era de uma queda de uns 30 metros onde se fazia um espécie de lago em baixo dela e ao seu lado uma grande pedra branca, que acompanhava a trajetória da água em queda livre, aonde as pessoas que subiam pulavam para o pequeno lago que se formava.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Eu penso, tu pensas, ele pensa, nós pensamos, vós pensais, eles pensam...

E esta coisa que não pode se ver e nem tocar, mas sim pressentir ou mesmo formula-lá, está a cima do bem ou mal.
Nele você pode ir a qualquer lugar, conquistar aquela mulher, ou voar por si só. Porque lá, e somente lá, você é realmente livre.
A grande bênção ou problema, dependendo em que movimento do tráfego você está, é quando o transportamos para palavras, gestos, sons, fórmulas, números, escritas, etc. para os terceiros. Pois se o desejo não é mútuo, a parte física de nossos movimentos vêem a tona mostrando alguns dos nossos lados transtornador.

"...é lindo por ser livre."

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Shiuuu...

"...Eu queria poder escrever. Mas em mim só encontro o silêncio. E por isso, eu não sei escrever. Escrever, é claro que eu sei. Só não sei escrever um livro. Não consigo encontrar as palavras. Não consigo encontrar as palavras, nas palavras. Só encontro minha voz, no que penso. Mas o que eu penso, ninguém ouve. O que eu penso é silêncio. Então eu me calo. O Silêncio é minha voz.
O silêncio é a voz que eu calo.
O silêncio é a voz que eu guardo.
O silêncio, é la onde moro.
O silêncio sou eu. "
(O cheiro do ralo - Lourenço Mutarelli)

Não me identifico nada com o narrador personagem, porém nesta passagem tangenciamos, ele por seus motivos e eu pelos meus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Suspiro.

Os personagens dos livros não estão me surpreendendo mais, estão se tornando repetitivos e previsível.
Não, acho que não são os personagens, mas sim o desenrolar das estórias ou histórias.
Sei que ainda não vi de tudo, mas aonde estão as coisas que ainda não vi?
Mas vamos lá, andando e cantando, como em uma marcha do exército.

Boriz (Barack Obama)

Max (el touro)